A síndrome do X Frágil (também conhecida como síndrome de
Martin & Bell) é a 2ª causa herdada mais comum de atraso mental, e é também a causa conhecida mais comum do autismo. É uma doença genética causada
pela mutação do gene FMR1
(Estudos demostram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos
neurônios) no cromossoma X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens
e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53
repetições do codão CGG
(repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com a
síndrome do X frágil, o alelo FMR1
tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente
a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda
cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome à síndrome.
Genética:
As pessoas são formadas por células, cada célula possui dentro do seu núcleo o material genético que se agrupa em estruturas chamadas de cromossomos. Nos cromossos estão os genes.
Dentro de uma célula há 46 cromossomos, metade vinda do pai, metade vinda da mãe, um destes pares é chamado de cromossos sexuais: sendo XX para o sexo feminino (um X do pai e outro da mãe) e XY para o sexo masculino (o X proveniente da mãe e o Y do pai).
Assim, como trata-se da Síndrome do X Frágil, a alteração genética ocorre apenas no cromossomo X, portanto, em mulheres o quadro clínco geralmente é menos grave porque o outro X compensa cromossomo afetado. Já em homens como o outro cromossomo do par é um Y os quadros são mais severos e os pais portadores do gene alterado passarão a síndrome para todas as suas filhas, mas não o farão para nenhum de seus filhos.
Esta é uma doença genética, causada por uma expansão de trinucleotídeos CGG no primeiro exon do gene FMR-1, localizado na região Xq27.3 no cromossomo X. Entretanto esta alteração genética não ocorre em uma geração, mas acontece em etapas ao longo de gerações.
O gene FMR1 normalmente contém entre 6 e 50 repetições de CGG. Entre 50 e 200 repetições caracteriza-se estado de pré-mutação, não havendo metilação anormal e sendo o paciente portador assintomático. Um número maior do que 200 repetições confere ao paciente o estado de portador sintomático em 100% dos homens e em 50 a 70% das mulheres12,13. As pré-mutações são transmitidas pelos homens para suas filhas sem que haja novas mutações, enquanto que, quando transmitidas por mulheres, têm grandes chances de se converterem a mutações completas.
Primeiramente ocorrem pré-mutações, isto é, alterações que já fogem ao normal, mas ainda não são severas o suficiente para provocarem "sinais e sintomas" da síndrome, portanto, seus portadores não sabem que são portadores destas pré-mutações.
As pessoas são formadas por células, cada célula possui dentro do seu núcleo o material genético que se agrupa em estruturas chamadas de cromossomos. Nos cromossos estão os genes.
Dentro de uma célula há 46 cromossomos, metade vinda do pai, metade vinda da mãe, um destes pares é chamado de cromossos sexuais: sendo XX para o sexo feminino (um X do pai e outro da mãe) e XY para o sexo masculino (o X proveniente da mãe e o Y do pai).
Assim, como trata-se da Síndrome do X Frágil, a alteração genética ocorre apenas no cromossomo X, portanto, em mulheres o quadro clínco geralmente é menos grave porque o outro X compensa cromossomo afetado. Já em homens como o outro cromossomo do par é um Y os quadros são mais severos e os pais portadores do gene alterado passarão a síndrome para todas as suas filhas, mas não o farão para nenhum de seus filhos.
Esta é uma doença genética, causada por uma expansão de trinucleotídeos CGG no primeiro exon do gene FMR-1, localizado na região Xq27.3 no cromossomo X. Entretanto esta alteração genética não ocorre em uma geração, mas acontece em etapas ao longo de gerações.
O gene FMR1 normalmente contém entre 6 e 50 repetições de CGG. Entre 50 e 200 repetições caracteriza-se estado de pré-mutação, não havendo metilação anormal e sendo o paciente portador assintomático. Um número maior do que 200 repetições confere ao paciente o estado de portador sintomático em 100% dos homens e em 50 a 70% das mulheres12,13. As pré-mutações são transmitidas pelos homens para suas filhas sem que haja novas mutações, enquanto que, quando transmitidas por mulheres, têm grandes chances de se converterem a mutações completas.
Primeiramente ocorrem pré-mutações, isto é, alterações que já fogem ao normal, mas ainda não são severas o suficiente para provocarem "sinais e sintomas" da síndrome, portanto, seus portadores não sabem que são portadores destas pré-mutações.
Características físicas
Em
crianças:
- Convulsões (20%) e epilepsia.
- Alterações em estruturas e funções cerebrais.
Podem haver alterações na RM: em fossa posterior com diminuição
significativa do vermis cerebelar, e aumento significativo do IV
ventrículo.
- Hipotonia muscular.
- Macrocefalia: cabeça grande
- Testa alta e proeminente
- Orelhas compridas e proeminentes (abano),
frequentemente de implantação baixa.
- Otites médias frequentes e recorrentes
(podendo diminuir a acuidade auditiva e prejudicar também por isto
aquisição da fala) e sinusites.
- Filtro nasal longo
- Lábio superior fino
- Palato ogival ("céu da boca”) muito alto,
ou palato fendido
- Má oclusão dentária.
- Transtornos oculares: estrabismo (30-40%),
miopia.
- Ptose palpebral (pálpebras caídas)
- Hiperextensibilidade dos dedos, especialmente
das mãos (frouxidão articular), mas também de outras articulações podendo
provocar deslocamentos articulares.
- Escolioses
- Pés planos ou "chatos".
- Prega palmar única (prega simiesca).
- Peito escavado (pectus excavatum).
- Alterações no aparelho cardiovascular:
prolapso da válvula mitral (50%), leve dilatação da aorta ascendente.
- Pele fina e suave nas mãos.
- Geralmente são bebês grandes: cabeça, mãos e
pés também grandes.
- Durante a infância geralmente são grandes, mas
quando adultos ficam menores que o esperado, há uma desaceleração do
crescimento
- Macrorquidia (testículos aumentados): maior
que 25% do normal para idade, sendo que maior que 40% é característico da
síndrome (patognomônico). Antes da puberdade, apenas 20% das crianças
apresentam aumento testicular.
Em
pós-puberais (adolescentes e adultos):
- Orelhas compridas e proeminentes (abano),
frequentemente de implantação baixa
- Macrocefalia
- Testa alta e proeminente
- Mandíbula grande, podendo haver prognatismo
- Macrorquidia (testículos aumentados): maior
que 25% do normal para idade, sendo que maior que 40% é característico da
síndrome (patognomônico).
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