A
Sindrome de Marfan, também conhecida como Aracnodactilia, é uma desordem do tecido
conjuntivo caracterizada
por membros anormalmente longos. A doença também afeta outras estruturas do corpo,
incluindo o esqueleto,
os pulmões,
os olhos, o coração e os vasos sanguíneos, mas de maneira menos óbvia. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896.
Indivíduos com esta doença apresentam
frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular, entre
outras. Muitos dos indivíduos afectados têm alterações das válvulas cardíacas e
dilatação da aorta. As complicações cardiovasculares mais importantes em termos
de risco de morte são os aneurismas da aorta e as dissecções da aorta. A
prevalência é de aproximadamente 1 em 5000 indivíduos.
Diagnóstico:
As
principais manifestações clínicas da Síndrome de Marfan concentram-se em três
sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos
alongados e deformidade torácica; o cardiovascular, caracterizado por
alterações da válvula
mitral e dilatação da aorta; e o ocular,
caracterizado por miopia e luxação do cristalino.
Esta capacidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.
Entre as manifestações clínicas, destacam-se as mais potencialmente fatais: os aneurismas e dissecções da aorta.
A válvula
mitral encontra-se
localizada entre o ventrículo e o átrio esquerdos e sua função é deixar passar
adiante o sangue na direção do ventrículo esquerdo e
não permitir seu retorno ou refluxo ao átrio.
Na Síndrome de Marfan, a válvula mitral,
freqüentemente, se apresenta alterada, espessada, redundante e com prolapso de
parte dela para o interior do átrio esquerdo. Este prolapso pode levar a
disfunção importante da válvula com vazamento ou refluxo significativos. Estas alterações são
avaliadas através do exame clínico e do ecocardiograma,
e são passiveis de correção cirúrgica. Uma possível complicação do prolapso
valvar mitral é a endocardite,
ou seja, a infecção bacteriana da própria válvula mitral, motivo pelo que se
recomenda a profilaxia para endocardite através da
administração de antibióticos antes de alguns procedimentos médicos
como uma extração dentária ou outras cirurgias,
daí a importância de um tratamento conjunto com o
cirurgião-dentista e o cardiologista.
Genética da síndrome:
As
principais informações médicas a respeito dão conta que a base genética na maioria dos casos consiste na
mutação de um gene situado no cromossomo 15, a fibrilina, ou gene FBN1, importante
componente na formação das fibras elásticas. Sua produção anormal resulta em
fibras elásticas anormais produzindo as alterações que caracterizam a síndrome.
Estas mutações podem ser encontradas em 90% dos indivíduos que preenchem os
critérios de diagnóstico clínico. Alternativamente, foram descritas mutações
nos genes TGFBR2 e TGFBR1 nestes indivíduos. No caso destes dois genes, o
quadro clínico pode ser um pouco diferente e inclui a síndrome de Marfan tipo 2
e a síndrome de Loeys-Dietz (aneurisma aórtico). Problemas
cardio-vasculares estão presentes na maioria dos pacientes, sendo a lesão da
aorta a principal manifestação. Esta pode apresentar-se em seus primeiros
sinais por dilatação da raiz da aorta e do seu anel, no local de origem da artéria no coração,
levando à insuficiência aórtica progressiva. Estas alterações favorecem a
dilatação das cavidades cardíacas esquerdas, cuja estrutura interna que dá
sustentação ao músculo cardíaco é também afetada.
Evolução:
Quanto
mais precoces forem as manifestações clínicas, particularmente as do foro
cardíaco (presentes em 83% dos doentes), mais reservado é o prognóstico em
crianças mais velhas/adolescentes e as complicações mais
frequentes são as oculares (luxação do cristalino,
70%, miopia,
60%), as cardíacas (dilatação do arco aórtico, 84%, prolapso da válvula mitral, 58%) e as do
foro ósseo (escoliose,
44%, tórax côncavo, 68%, pé plano, 44%). A maioria destes indivíduos são altos
(56% têm estatura> P95 para a idade) e têm aracnodactilia (88%).
A
sintomatologia cardíaca relacionada com o prolapso da válvula mitral inclui
palpitações e dispneia. A dor torácica pode ter implicações mais graves,
nomeadamente quando associada aopneumotórax ou
a dissecção da aorta. Ambas as situações carecem de intervenção urgente. A
terapêutica médica com [[betabloqueador]es é eficaz na prevenção da patologia
aórtica.
Outros problemas associados são:
§ sobreposição dentária e palato
ogival;
§ doença pulmonar restritiva por
escoliose severa;
§ predisposição para cataratas;
§ problemas da retina,
incluindo descolamento;
§ predisposição para equimoses fáceis,
com cicatrização normal;
§ dor na nuca e abdómen por
alongamento da medula espinhal;
§ lesões dos ligamentos, artralgias e
fraturas em 96% dos adultos (raro antes dos 5 anos de idade);
§ gravidez complicada
por osteoporose e
pelo risco aumentado de dissecção da aorta.
*Obs: não encontrei o cariótipo da síndrome!
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Marfan.
Parabéns pelo trabalho.Gostei.
ResponderExcluirexcelente.
ResponderExcluirdaqui a pouco te convido para o www.episaber.com
hahaha
parabens!