sábado, 13 de outubro de 2012

Poluição da água:


   A água, considerada o solvente universal, é de extrema importância para a vida de todas as espécies, sendo responsável pelo transporte de nutrientes, considerada regulador de temperatura corporal, entre outros fatores.

   Porém, apesar de todos os aspectos benéficos proporcionados pela água, o homem tem modificado drasticamente a qualidade desse recurso natural. O lançamento de efluentes industriais, agrícolas (pesticidas e fertilizantes químicos), de lixo e de esgoto doméstico são os principais responsáveis pela poluição das águas.

   Quando um copo-d’água recebe essas substâncias sem o devido tratamento, ocorre a alteração da composição química da água, fato que prejudica a sua qualidade. O lençol freático (água subterrânea) também é poluído, pois ocorre a infiltração dessa água contaminada.
   O esgoto doméstico, composto basicamente de fezes humanas e restos de comidas, é rico em nitrogênio, causando a morte de várias espécies aquáticas. Outro aspecto negativo é que esse esgoto possui uma grande quantidade de bactérias que podem causar diversos tipos de doenças: diarreia, cólera, etc.

   Uma forma de minimizar esse problema é através dos serviços de saneamento ambiental, que incluem a coleta e o tratamento de lixo e de esgoto. Porém, a ausência desse serviço é muito grande em vários países. No Brasil, por exemplo, mais da metade do esgoto é lançado em rios, lagos e no mar sem passar por um tratamento adequado.

   Também é importante que haja fiscalização nas indústrias, redução na utilização de produtos químicos na mineração e na agricultura, além da conscientização da população para a importância de se preservar o bem natural mais precioso da vida, a água.
   A poluição das águas causa grave problemas de saúde para o homem. Para cada real investido em saneamento básico, economizam-se cinco reais com medicina curativa (OMS, 2005). Ainda segundo a OMS, 80% das doenças e 65% das internações hospitalares são provenientes de problemas relacionados a doenças de veiculação hídrica (cólera, disenteria, hepatite, intoxicação alimentar entre outras).

   O lançamento de efluentes sem tratamento ou com tratamento inadequado num rio, prejudica consideravelmente o abastecimento público (abastecimento de água potável), da cidade a jusante, sendo que em alguns casos, a água captada nada mais é do que esgoto diluído no rio, aumentando consideravelmente o custo do tratamento ou forçando a captação de água de outro recurso hídrico.

   A infiltração de esgotos contribui para a poluição do lençol freático e aquíferos, impossibilitando ou dificultando seu uso para abastecimento público.

   A poluição de um recurso hídrico compromete também sua navegação (crescimento de macrofilas pelo excesso de nutrientes), a agricultura que será irrigada por suas águas (contaminação por microrganismos e compostos químicos), recreação (impossibilidade de ter contato com a “água”), apreciação estética (matérias flutuantes, odor desagradável), o equilíbrio ecológico (falta de oxigênio, falta de luz, seleção de organismos resistentes à poluição) entre outros.

As causas mais frequentes de poluição dos corpos hídricos são:
- Lançamento de efluentes domésticos, industriais e comerciais sem tratamento adequado.
- Os aterros sanitários, aterro controlado ou lixão. Essa forma convencional de destino do lixo compromete a qualidade não só da água como também do ar (emissão de gases). A água pode ser contaminada pelo despejo indiscriminado do lixiviado de aterro (líquido formado no depósito de lixo) ou infiltração desse no lençol freático ou aquífero.
- Chuvas que lavam a atmosfera e as superfícies por onde escoam, carreando os poluentes e contaminantes para o corpo receptor. Dependendo do lugar, a poluição difusa pode exercer maior ou menor importância no processo de poluição/contaminação das águas. Como exemplo de poluição difusa temos a água de drenagem urbana, água superficiais de agricultura e lavagem da atmosfera nas proximidades de indústria emissora de gases tóxicos.

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