sábado, 13 de outubro de 2012

Poluição do ar:


A poluição do ar é caracterizada pela presença de gases tóxicos e partículas líquidas ou sólidas no ar.
Os escapamentos dos veículos, as chaminés das fábricas, as queimadas estão constantemente lançando no ar grandes quantidades de substâncias prejudiciais à saúde.
As causas da Poluição Atmosférica:
Nos grandes centros urbanos e industriais tornam-se frequentes os dias em que a poluição atinge níveis críticos.
Os escapamentos dos veículos automotores emitem gases como o monóxido (CO) e o dióxido de carbono (CO2 ), o óxido de nitrogênio (NO), o dióxido de enxofre (SO2) e os hidrocarbonetos. As fábricas de papel e cimento, indústrias químicas, refinarias e as siderúrgicas emitem óxidos sulfúricos, óxidos de nitrogênio, enxofre, partículas metálicas (chumbo, níquel e zinco) e substâncias usadas na fabricação de inseticidas.
Todos esses poluentes são resultantes das atividades humanas e são lançados na atmosfera.
Os efeitos:
A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios danos à saúde como problemas respiratórios (Bronquite crônica e asma), alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos vitais e até câncer. Esses distúrbios agravam-se pela ausência de ventos e no inverno com o fenômeno da inversão térmica (ocorre quando uma camada de ar frio forma uma parede na atmosfera que impede a passagem do ar quente e a dispersão dos poluentes). 
Os danos não se restringem à espécie humana. Toda a natureza é afetada. A toxidez do ar ocasiona a destruição de florestas, fortes chuvas que provocam a erosão do solo e o entupimento dos rios. 
No Brasil, dois exemplos de cidades totalmente poluídas são Cubatão e São Paulo. 
Os principais impactos ao meio ambiente são a redução da camada de ozônio, o efeito estufa e a precipitação de chuva ácida. 
A redução da Camada de Ozônio:
A camada de ozônio protege a terra dos raios ultravioleta do sol, que são extremamente prejudiciais à vida. Ela está situada na faixa de 15 e 50 km de altitude. 
Os CFCs (clorofluorcarbonos) são compostos altamente nocivos a este escudo natural da terra. O CFC é uma mistura de átomos de cloro e carbono. Presentes no ar poluído, o CFC é transportado até elevadas altitudes quando é bombardeado pelos raios solares ocasionando a separação do cloro e do carbono. O cloro, por sua vez, tem a capacidade de destruir as moléculas de ozônio. Basta um átomo de cloro para destruir milhares de moléculas de ozônio (O) formando um buraco, pelo qual, os raios UV passam chegando a atingir a superfície terrestre.
A redução do ozônio contribui para o efeito estufa.
Efeito Estufa:

O efeito estufa é o aquecimento da Terra, ou seja, é a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e enviam de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra.
O principal agente causador do efeito estufa é o gás carbônico (CO2 ) resultante da combustão do carvão, lenha e petróleo. 
Esse efeito é semelhante à dos vidros fechados de um carro exposto ao sol. O vidro permite a passagem dos raios solares, acumulando calor no interior do veículo, que fica cada vez mais quente. 
As consequências desse fenômeno são catastróficas como o aquecimento e a alteração do clima favorecendo a ocorrência de furacões, tempestades e até terremotos; ou o degelo das calotas polares, aumentando o nível do mar e inundando regiões litorâneas; ou afetando o equilíbrio ambiental com o surgimento de epidemias.
Chuva Ácida:
A chuva ácida é uma das principais conseqüências da poluição do ar. As queimas de carvão ou de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas precipitações de chuva ácida. 
Os poluentes do ar são carregados pelos ventos e viajam milhares de quilômetros; assim, as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias das fontes poluidoras, prejudicando outros países. 
O solo se empobrece, a vegetação fica comprometida. A acidificação prejudica os organismos em rios e lagoas, comprometendo a pesca. Monumentos de mármore são corroídos, aos poucos, pela chuva ácida.

Fontes: 

Poluição do solo:

   O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na designada componente "não sólida". O solo DEVE ser encarado como uma interface entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera), sendo imprescindível à produção de biomassa. Assim, o solo não é inerte, o mero local onde assentamos os pés, o simples suporte para habitações e outras infraestruturas indispensáveis ao Homem, o seu "caixote do lixo"!. Sempre que lhe adicionamos qualquer substância estranha, estamos a poluir o solo e, direta ou indiretamente, a água e o ar.

   O uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrícola, pecuária e industrial tem tido como consequência elevados níveis de contaminação. De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.
   A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.

  Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando:

- há uma fonte de contaminação;
- há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada;
- há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.
O problema pode ser resolvido por:
- remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados;
- remoção da fonte de poluição;
- bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).

Tecnologias de Tratamento:
   A Fig. 1 sistematiza os métodos e técnicas disponíveis para tratamento de solos contaminados. As técnicas "on/off site" exigem a extração, por escavação, do solo contaminado. O solo extraído pode ser tratado no local ("on-site") ou em estações de tratamento ("off site"), sendo depois reposto no local de origem ou noutro para outros fins, depois de descontaminado.
   Com a tecnologia disponível atualmente, uma parte dos solos contaminados ainda não é ou é problematicamente descontaminável, devido a problemas de ordem vária como: emissões gasosas de alto risco, concentrações residuais inaceitavelmente elevadas e/ou produção de grandes quantidades de resíduos contaminados. Isto é particularmente verdade para solos poluídos com hidrocarbonetos aromáticos halogenados e/ou metais pesados, bem como com solos contendo elevada percentagem de finos.
   Para além destes aspectos, algumas das técnicas utilizadas envolvem elevados custos de tratamento. Dos diferentes métodos de descontaminação do solo (biológicos ou não biológicos), apenas os biológicos e a incineração permitem a eliminação ambiental dos poluentes orgânicos, através da sua mineralização.




Poluição da água:


   A água, considerada o solvente universal, é de extrema importância para a vida de todas as espécies, sendo responsável pelo transporte de nutrientes, considerada regulador de temperatura corporal, entre outros fatores.

   Porém, apesar de todos os aspectos benéficos proporcionados pela água, o homem tem modificado drasticamente a qualidade desse recurso natural. O lançamento de efluentes industriais, agrícolas (pesticidas e fertilizantes químicos), de lixo e de esgoto doméstico são os principais responsáveis pela poluição das águas.

   Quando um copo-d’água recebe essas substâncias sem o devido tratamento, ocorre a alteração da composição química da água, fato que prejudica a sua qualidade. O lençol freático (água subterrânea) também é poluído, pois ocorre a infiltração dessa água contaminada.
   O esgoto doméstico, composto basicamente de fezes humanas e restos de comidas, é rico em nitrogênio, causando a morte de várias espécies aquáticas. Outro aspecto negativo é que esse esgoto possui uma grande quantidade de bactérias que podem causar diversos tipos de doenças: diarreia, cólera, etc.

   Uma forma de minimizar esse problema é através dos serviços de saneamento ambiental, que incluem a coleta e o tratamento de lixo e de esgoto. Porém, a ausência desse serviço é muito grande em vários países. No Brasil, por exemplo, mais da metade do esgoto é lançado em rios, lagos e no mar sem passar por um tratamento adequado.

   Também é importante que haja fiscalização nas indústrias, redução na utilização de produtos químicos na mineração e na agricultura, além da conscientização da população para a importância de se preservar o bem natural mais precioso da vida, a água.
   A poluição das águas causa grave problemas de saúde para o homem. Para cada real investido em saneamento básico, economizam-se cinco reais com medicina curativa (OMS, 2005). Ainda segundo a OMS, 80% das doenças e 65% das internações hospitalares são provenientes de problemas relacionados a doenças de veiculação hídrica (cólera, disenteria, hepatite, intoxicação alimentar entre outras).

   O lançamento de efluentes sem tratamento ou com tratamento inadequado num rio, prejudica consideravelmente o abastecimento público (abastecimento de água potável), da cidade a jusante, sendo que em alguns casos, a água captada nada mais é do que esgoto diluído no rio, aumentando consideravelmente o custo do tratamento ou forçando a captação de água de outro recurso hídrico.

   A infiltração de esgotos contribui para a poluição do lençol freático e aquíferos, impossibilitando ou dificultando seu uso para abastecimento público.

   A poluição de um recurso hídrico compromete também sua navegação (crescimento de macrofilas pelo excesso de nutrientes), a agricultura que será irrigada por suas águas (contaminação por microrganismos e compostos químicos), recreação (impossibilidade de ter contato com a “água”), apreciação estética (matérias flutuantes, odor desagradável), o equilíbrio ecológico (falta de oxigênio, falta de luz, seleção de organismos resistentes à poluição) entre outros.

As causas mais frequentes de poluição dos corpos hídricos são:
- Lançamento de efluentes domésticos, industriais e comerciais sem tratamento adequado.
- Os aterros sanitários, aterro controlado ou lixão. Essa forma convencional de destino do lixo compromete a qualidade não só da água como também do ar (emissão de gases). A água pode ser contaminada pelo despejo indiscriminado do lixiviado de aterro (líquido formado no depósito de lixo) ou infiltração desse no lençol freático ou aquífero.
- Chuvas que lavam a atmosfera e as superfícies por onde escoam, carreando os poluentes e contaminantes para o corpo receptor. Dependendo do lugar, a poluição difusa pode exercer maior ou menor importância no processo de poluição/contaminação das águas. Como exemplo de poluição difusa temos a água de drenagem urbana, água superficiais de agricultura e lavagem da atmosfera nas proximidades de indústria emissora de gases tóxicos.