A Galactosemia pode
ser descrita como uma concentração sanguínea elevada do monossacarídeo galactose (aldohexose,
epímera da glicose em
C-4), devido a uma desordem no metabolismocausada
por atividade enzimática deficiente ou função hepática prejudicada.
Os seres humanos obtêm a galactose primariamente
através do leite humano
e bovino e de derivados lácteos, pela hidrólise da lactose, dissacarídeo que
é composto por glicose e galactoseunidas
por ligação β-glicosídica. Galactose livre também está presente em algumas
frutas e vegetais, como tomates, bananas e maçãs. A digestão da lactose se dá
por intermédio da enzimaintestinal lactase,
que a quebra nos dois monossacarídeos que
a constituem. Após a quebra da lactose em glicose e galactose, se dá o processo
de metabolização desses monossacarídeos, que envolve catálises enzimáticas
que levarão, em seu final, à conversão da galactose em glicose para uso como
fonte de energia. A fase de metabolização da galactose é a que apresenta
problemas no paciente galactosêmico, devido a deficiências enzimáticas em
vários níveis possíveis.
Epidemiologia:
A galactosemia é uma doença de
fundo genético condicionada por gene autossômico recessivo. Estudos
conduzidos desde 1979 mostram que 1 em cada 7500 nascidos vivos terá alguma
forma de galactosemia (Georgia annual Newborn Screening report - 1997).
Estima-se também que 1 em cada 40 pessoas é um portador do gene defeituoso.
A galactosemia clássica ocorre em aproximadamente 1 a cada 60.000 nascidos
vivos. A frequência é bastante variável de acordo com o país, de 1 em 30.000 a
40.000 na Europa, para 1 em 1
milhão no Japão, provavelmente
devido a problemas de amostragem. A incidência estimada nos Estados Unidos é de 1
em 53.000.
Diagnóstico:
O diagnóstico de
galactosemia é freqüentemente suspeitado quando um açúcar redutor que não reage
no sistema glicose oxidase é encontrado na urina. Contudo, outros açúcares além
da galactose podem dar o mesmo tipo de reação, e a própria enfermidade hepática
pode resultar em galactosúria (excreção de galactose através da urina).
Portanto, a galactosemia clássica é diagnosticada pela demonstração de que a
atividade da galactose-1-P uridil transferase esteja ausente ou muito baixa nos
eritrócitos.
No estado normal, é encontrada a transferase nas
células hepáticas, nos leucócitos e
nos eritrócitos, e, na galactosemia, os ensaios
permitem a verificação da carência da enzima nessas células. O diagnóstico
pré-natal pode ser realizado por amniocentese,
com cultura de fibroblastos derivados do líquido amniótico.
Tratamento:
O tratamento para
a galactose se dá pela restrição de galactose e lactose na dieta. Existem
várias formas de galactosemia e as restrições alimentares variam de uma forma
para outra, havendo inclusive discordâncias em algumas formas. Nos casos mais
graves, um monitoramento multidisciplinar,
incluindo pediatria, neurologia, oftalmologia, endocrinologia, genética,nutrição efonoaudiologia,
minimiza os efeitos da doença.
A não-ingestão de galactose e lactose diminui
bastante os sintomas, porém podem ocorrer alguns problemas como deficiência de
aprendizagem, distúrbios da fala e, nas meninas, disfunções ovarianas. O grau
em que os sintomas se manifestam em um paciente submetido a dieta gera
discordâncias e pesquisas, não havendo conclusões precisas e não pássiveis de
contestação a esse respeito. Apesar da galactose ser utilizada na composição de
várias estruturas celulares, a sua supressão da alimentação não causará maiores
problemas pois, há um mecanismo metabólico para conversão da glicose em
galactose.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Galactosemia
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Galactosemia
Galactose oxidase is an extracellular copper-containing enzyme, secreted by the deuteromycete fungus Dactylium dendroides. It catalyzes the oxidation of a range of primary alcohols, including D-galactose, to the corresponding aldehyde, galactose oxidase
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